Luanda vai ter vias exclusivas, de mais de 32 quilómetros de extensão, para funcionar um sistema de transporte público de alta capacidade, avaliado em mais de 150 milhões de dólares (121,4 milhões de euros). Enquanto isso, a queda de uma ponte no Leste impede a região de ter os combustíveis de que necessita.
O anúncio das novas vias foi feito hoje em Luanda pelos ministros da Construção, Waldemar Pires Alexandre, e dos Transportes, Augusto Tomás, no final de uma visita de acompanhamento de obras de infra-estruturas sociais.
Em declarações à imprensa, o ministro da Construção referiu que as obras do referido sistema, denominado BRT, tiveram início em Outubro deste ano e terão a duração de aproximadamente um ano.
Enquanto isso, as fortes chuvas que atingiram a região de Luanda, no início do mês, mataram três crianças e inundaram perto de mil casas.
O governante explicou que trata-se de um sistema de transportes de massa, que vai consignar um corredor que liga a estalagem, no município de Viana, na via expressa Luanda-Viana, ao estádio 11 de Novembro, desenvolvendo-se ao longo da estrada periférica de Luanda, desembocando pelo Lar do Patriota até à estrada Futungo II.
Waldemar Pires Alexandre disse que este projecto visa facilitar a mobilidade rodoviária, prevendo-se que o futuro sistema transporte cerca de 45 mil passageiros por hora e por direcção.
“Sendo esta uma das principais metas que pretendemos alcançar no âmbito da mobilidade de pessoas e de certa forma vai causar algum alívio na redução do número de veículos a trafegarem pela cidade”, disse o ministro.
Enquanto isso, recorde-se que em Outubro a seca afectou gravemente 1,8 milhões de pessoas no sul de Angola. Pensa-se que eram… angolanos, tal como os que habitam a capital. Mas não se tem a certeza.
Por sua vez, o titular da pasta dos Transportes adiantou que ao longo da extensão daquela via serão construídas 28 estações. Augusto Tomás sublinhou que vão fazer parte da frota 240 autocarros, do tipo regular, articulados e bi-articulados.
Enquanto isso, há um mês, duas das principais cidades da província de Cabinda registam restrições no abastecimento de electricidade depois de a última turbina em funcionamento na Central Térmica de Malembo ter sofrido uma avaria…